A luz chama à vida. À realidade.
Momento mais difícil.
As manhãs são assim.
O despertar sozinho. Na cama pequena.
O calor do corpo deixado sob o lençol é solitário. Por isso esfria rápido.
Daí, a vontade de logo levantar.
Nem mesmo escovar os dentes tem graça.
Agora só existe uma escova.
E a água que lava o rosto, congela a expressão, numa atitude de consentimento.
A toalha já não seca. Esfola.
A boca esboça inutilmente um sorriso para o espelho.
Este, por sua vez, nem responde. Não reconhece. Fecha a cara e vira as costas.
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
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3 comentários:
Melancólico e poético...
Simples e fulminante...
assim como nãosara...
Melancólico e poético...
Simples e fulminante...
assim como nãosara...
Sim... Jaque, 8 ou 80...
agora TODOS podem postar...
beijos, amiga linda louca!
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